sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Trajeto para o trabalho é mais estressante para as mulheres

A menos que você consiga ler durante um trajeto de ônibus, a viagem pode parecer mais longa do que deveria quando você está indo para o trabalho. Isso quando é possível abrir um livro, no caso dos ônibus ou metrôs lotados. Ficar preso no trânsito pode ser uma tarefa mais desgastante; não é divertido para os homens, mas é ainda pior para as mulheres.

Pesquisadores analisaram dados de adultos empregados entre 18 e 65 anos, e descobriram que apesar do deslocamento médio diário das mulheres ser ligeiramente mais curto do que a média masculina, a viagem prejudica mais a saúde mental delas.

Para todos os trabalhadores, o comprimento do trajeto para o trabalho tem aumentado nos últimos 15 anos. Comparadas aos homens, as mulheres geralmente viajam quatro minutos a menos em cada sentido, mas enquanto elas se estressam mais com a situação, a maioria dos homens não é afetada pela viagem.

Não é que as mulheres gostem menos de dirigir ou alguma coisa parecida. O que os pesquisadores sugerem é que como as mulheres têm uma maior responsabilidade nos afazeres domésticos diários – desde deixar as crianças na escola até os serviços domésticos – elas são mais sensíveis ao tempo gasto com atividades pendulares.

Muitos estudos mostram que, apesar das mulheres terem empregos mais longos, elas ainda são mais responsáveis por mais tarefas domésticas, de forma geral. Além do trabalho fora de casa, elas acumulam os trabalhos domésticos.

O estudo mostrou que as mulheres com crianças em idade pré-escolar são as mais atingidas no deslocamento para o trabalho, o que sugere culpa por parte de estarem perdendo tempo longe de seus filhos.

Os pesquisadores indicam que gastos de tempo secundários serão menos estressantes para as mulheres quando seu status no mercado de trabalho melhorar, e a partir do momento em que os homens começarem a assumir mais tarefas domésticas e cuidados com as crianças. Estaria essa total igualdade de gênero longe da realidade?

Fonte: Hype Science

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